Foi
no ano de 1996, em Edimburgo, na Escócia, que se realizou pela primeira vez na
História a clonagem de um mamífero. Este grande avanço científico foi realizado
pelos investigadores Keith Campbell e
Ian Wilmut do Instituto Roslin, sendo possível através da clonagem de células
estaminais extraídas de glândulas mamárias de um indivíduo adulto da mesma
espécie, com 6 anos de idade, nomeadamente de uma ovelha da raça Finn-Dorset.
“Dolly”,
foi concebida em laboratório através da Transferência Nuclear de Células
Somáticas, uma técnica caracterizada pela introdução de um núcleo de uma célula
somática adulta (que contém a informação genética), num óvulo desprovido de
núcleo, cujo ADN foi previamente extraído. Em resultado, formou-se uma célula
híbrida que sofreu pequenos estímulos eléctricos de modo a iniciar o processo
de divisão mitótica. Neste processo deu-se a reversão de uma célula adulta a
uma célula totipotente, ou seja, uma célula indiferenciada. Posteriormente, o
embrião desenvolvido foi implantado artificialmente no útero de uma outra
ovelha “barriga de aluguer” de modo a iniciar-se o período de gestação. Após o
nascimento, no dia 5 de Julho de 1996, “Dolly” era um clone da ovelha dadora
das células somáticas, sendo portadora das mesmas características físicas.
Devido
ao facto de ter sido desenvolvida a partir de uma célula somática oriunda de
glândulas mamárias, o primeiro mamífero clonado foi baptizado de “Dolly” em
homenagem aos seios de Dolly Parton,
cantora country e atriz.
Porque
foi clonada a partir de células somáticas provenientes de uma ovelha adulta, de
6 anos de idade, “Dolly” nasceu com a mesma idade genética, sendo que teria
tendência a desenvolver um processo gradual de envelhecimento precoce. Após
algumas complicações de saúde, “Dolly” vem a morrer no dia 14 de Fevereiro de
2013. O seu corpo foi embalsamado e conservado no Royal Museum de Edimburgo, Escócia.
Bibliografia: